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Perfil das doenças cardiovasculares e atuação fisioterapeutica em um serviço de emergência hospitalar

Resumo

Introdução

As doenças cardiovasculares (DCV) repre-sentam a principal causa de morte global, destacando-se em internações e gastos. Diante disso, é essencial compreender as principais DCV em pacientes admitidos em serviços de emergência hospitalar e a atuação do fisioterapeuta para planejamento e direcionamento dos serviços de saúde e para denotar a participação e incentivar formações fisioterapêuticas específicas no contexto da atenção terciária.

Objetivo

Traçar o perfil de emergências cardiovasculares e avaliar a atuação fisioterapêutica em pacientes adultos de serviço de emergência de um hospital no interior do estado de São Paulo.

Métodos

Trata-se de um estudo observacional, em que foram analisadas 1.256 fichas de passagem de plantão, no período de oito meses. Os dados coletados foram idade, sexo, hipótese diagnóstica cardiovascular e tratamento fisioterapêutico realizado.

Resultados

Foram incluídos 75 pacientes que apresentavam o perfil de emergências cardiovasculares, sendo as mais prevalentes: insuficiência cardíaca (n = 21), síndrome corona-riana aguda (n = 14), infarto agudo do miocárdio (n = 13), bradarritmia (n = 6) e crise hipertensiva (n = 5). Em relação à atuação fisioterapêutica e suas aplicações, as mais frequentes foram manejo da ventilação mecânica invasiva (n = 34), manobras de reexpansão pulmonar (n = 17), auxílio a intubação orotraqueal (n = 17), ventila-ção mecânica não invasiva (n = 14), manobras de higiene brônquica (n = 12), cinesioterapia (n = 10) e sedestação (n = 10).

Conclusão

A insuficiência cardíaca e a síndrome coronária aguda foram as doenças cardiovasculares que mais ocasionaram internação no serviço de emergência hospitalar e as condutas com ênfase no aparelho respiratório foram as mais aplicadas.

Reabilitação cardíaca; Árvores de de-cisões; Serviço hospitalar de emergência; Cardiopatias; Serviço hospitalar de fisioterapia

Abstract

Introduction

Cardiovascular disease (CVD) is the lead-ing cause of death globally, with a high proportion of hospitalizations and costs. In view of this, it is essential to understand the main CVDs in patients admitted to hospital emergency services and the role of physiotherapists, in order to plan and direct health services, and to denote participation and encourage specific physiotherapy training in the context of tertiary care.

Objective

To outline the profile of cardiovascular emergencies and to evaluate physiotherapy in adult patients in the emergency department of a hospital in the interior of the state of São Paulo.

Methods

This was an observational study which analyzed 1,256 on-call records over a period of eight months. The data collected included age, gender, cardiovascular diagnostic hypothesis and physiotherapy treatment carried out.

Results

A total of 75 patients with cardiovascular emergencies were included, the most prevalent of which were: heart failure (n = 21), acute coronary syndrome (n = 14), acute myocardial infarction (n = 13), bradyarrhythmia (n = 6) and hypertensive crisis (n = 5). Regarding physiotherapeutic actions and their applications, the most frequent were invasive mechanical ventilation management (n = 34), lung re-expansion maneuvers (n = 17), orotracheal intubation assistance (n = 17), non-invasive mechanical ventilation (n = 14), bronchial hygiene maneuvers (n = 12), kinesiotherapy (n = 10) and sedation (n = 10).

Conclusion

Heart failure and acute coronary syndrome were the cardiovascular diseases that caused the most admissions to the hospital emergency department and that the procedures with an emphasis on the respiratory system were the most applied.

Cardiac Rehabilitation; Decision trees; Emergency service, hospital; Heart diseases; Physical therapy department, hospital

Introdução

Mesmo com os avanços no diagnóstico e tratamen-to, as doenças cardiovasculares (DCV) permanecem as principais causas de morte global. No Brasil, em 2021, elas representaram um terço dos óbitos, atingindo de forma desproporcional os grupos mais vulneráveis. Já em países de média e baixa renda, essas doenças foram responsáveis por 80 e 88% das mortes prematuras, respectivamente.11. Oliveira GMM, Brant LCC, Polanczyk CA, Malta DC, Biolo A, Nascimento BR, et al. Estatística Cardiovascular – Brasil 2021. Arq Bras Cardiol. 2022;118(1):115-373. DOI https://doi.org/10.36660/abc.20211012
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,22. Schultz WM, Kelli HM, Lisko JC, Varghese T, Shen J, Sandesara P, et al. Socioeconomic status and cardiovascular outcomes. Circulation. 2018;137(20):2166-78. DOI https://doi.org/10.1161%2FCIRCULATIONAHA.117.029652
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Estudos em serviços de emergência hospitalar e de pronto atendimento mostraram que nos últimos anos as DCV são destaques em internações e gastos, sendo as mais prevalentes a insuficiência cardíaca, angina e isquemia.33. Alencar MS, Vieira AVO, Rodrigues SM, Leão e Silva LO. Internações hospitalares por doenças cardiovasculares: custos e características no estado de Minas Gerais, 2012 a 2016. Encicl Biosf. 2021;18(37):301-11. Full text link https://www.conhecer.org.br/enciclop/2021C/internacoes.pdf
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,44. Konder M, O’dwyer G. As Unidades de Pronto Atendimento como unidades de internação: fenômenos do fluxo assistencial na rede de urgências. Physis (Rio J). 2019;29(2):e290203. DOI https://doi.org/10.1590/S0103-73312019290203
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Os fatores de risco para o desenvolvimento dessas doenças envolvem hipertensão arterial, dislipi-demia, sedentarismo, diabetes mellitus, história familiar de doença coronariana prematura, obesidade e tabagismo.55. Brito LBB, Ricardo DR, Araujo DSMS, Ramos PS, Myers J, Araujo CGS. Ability to sit and rise from the floor as a predictor of all-cause mortality. Eur J Prev Cardiol. 2014;21(7):892-8. DOI https://doi.org/10.1177/2047487312471759
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,66. Laukkanen JA, Kujala UM. Low cardiorespiratory fitness is a risk factor for death: Exercise intervention may lower mortality? J Am Coll Cardiol. 2018;72(19):2293-6. DOI https://doi.org/10.1016/j.jacc.2018.06.081
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A atuação de fisioterapeutas em serviços de emer-gência hospitalar tem sido cada vez mais salientada como uma estratégia para melhorar a qualidade do atendimento aos pacientes, com maior resolutividade e eficiência, o que implica em melhor organização dos serviços de saúde.77. Cordeiro AL, Lima GT. Fisioterapia em unidades de emergência: uma revisão sistemática. Rev Pesqui Fisioter. 2017; 7(2):276-81. DOI https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v7i2.1360
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,88. Gagnon R, Perreault K, Berthelot S, Matifat E, Desmeules F, Achou B, et al. Direct-access physiotherapy to help manage patients with musculoskeletal disorders in an emergency department: Results of a randomized controlled trial. Acad Emerg Med. 2021;28(8):848-58. DOI https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v7i2.1360
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O fisioterapeuta atuando em equipe multiprofissional no serviço de emergência de-sempenha um papel crucial na eficácia do diagnóstico cinético disfuncional, no tratamento de uma variedade de condições e possibilita melhora na abordagem integral e da qualidade de saúde, uma vez que mais indivíduos podem ser atendidos, com maior colabo-ração entre profissionais.99. Elder E, Johnston AN, Crilly J. Review article: systematic review of three key strategies designed to improve patient flow through the emergency department. Emerg Med Australas. 2015;27(5):394-404. DOI https://doi.org/10.1111/1742-6723.12446
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Conhecer a atuação do fisio-terapeuta em serviços de emergência hospitalar traz reflexões em relação às potenciais mudanças no modelo de atenção à saúde.1010. Batista REA, Peduzzi M. Collaborative interprofessional practice in emergency services: specific and shared functions of physiotherapists. Interface (Botucatu). 2018; 22(Supl. 2):1685-95. DOI https://doi.org/10.1590/1807-57622017.0755
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Em contexto mundial, no que se remete a situações agudas cardiovasculares, no serviço de emergência o fisioterapeuta contribui para a estabilização hemodinâ-mica, monitoramento respiratório e mobilização precoce. Apesar de essencial, esse papel requer rápida tomada de decisão e adaptação a protocolos em constante evolução.1111. Gagnon R, Perreault K, Berthelot S, Matifat E, Desmeules F, Achou B, et al. Direct-access physiotherapy to help manage patients with musculoskeletal disorders in an emergency department: Results of a randomized controlled trial. Acad Emerg Med. 2021;28(8):848-58. DOI https://doi.org/10.1111/acem.14237
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Reconhecer sutis sinais de deterioração clíni-ca, interpretar exames relevantes e prover intervenções de reabilitação respiratória e cardiovascular eficazes também são essenciais para otimizar os desfechos dos pacientes nessas circunstâncias críticas.1111. Gagnon R, Perreault K, Berthelot S, Matifat E, Desmeules F, Achou B, et al. Direct-access physiotherapy to help manage patients with musculoskeletal disorders in an emergency department: Results of a randomized controlled trial. Acad Emerg Med. 2021;28(8):848-58. DOI https://doi.org/10.1111/acem.14237
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,1212. Cordeiro AL, Lima TG. Fisioterapia em unidades de emergência: uma revisão sistemática. Rev Pesqui Fisioter. 2017; 7(2):276-81. DOI https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v7i2.1360
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Diante desse contexto, este estudo visa elucidar o perfil dos atendimentos cardiovasculares e atuação do fisioterapeuta no serviço de emergência de um im-portante hospital público do interior de São Paulo. Essa pesquisa fornece informações relevantes para gestores em saúde, instituições e futuros profissionais sobre o papel do fisioterapeuta no cuidado dos pacientes com doenças cardiovasculares em situações críticas.

Métodos

Trata-se de um estudo observacional, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CAAE: 61491422.8. 0000.5515) e Comitê Assessor de Pesquisa Institucional (CAPI) da Universidade do Unoeste Paulista (Unoeste), campus de Presidente Prudente (protocolo n° 7635).

Foram analisadas fichas de passagem de plantão da equipe de fisioterapia que atua no serviço de emergência de um hospital público do Oeste Paulista, no período de oito meses. Foram incluídas 1.256 fichas de pacientes que deram entrada apenas uma vez no serviço e que tiveram hipótese diagnóstica de característica cardiovascular, maiores de 18 anos de idade e que passaram por algum setor do serviço de emergência e receberam atendimento fisioterapêutico (sala de emergência, semi-intensiva e enfermaria). Foram excluídas fichas com falta de dados em relação à hipótese diagnóstica e pacientes que deram entrada por outras patologias (Figura 1).

Figura 1
Fluxograma de descrição da amostra.

A pesquisa foi dividida em dois momentos: coleta inicial dos dados e tabulação dos mesmos (M1) e elaboração estatística das patologias mais encontradas em ordem decrescente (M2).

M1: a partir da aprovação do comitê, foram consultados prontuários de pacientes atendidos de janeiro a agosto de 2022, selecionados a partir da ficha de passagem de plantão da equipe de fisioterapia. Destes pacientes, coletaram-se os seguintes dados: sexo, idade, hipótese diagnóstica cardiovascular, setor onde estava e conduta fisioterapêutica aplicada. Os mesmos foram listados em uma tabela desenvolvida no Microsoft Excel®.

M2: após coleta dos dados no período estipulado, os mesmos foram descritos em forma de gráficos e tabela estática, onde traçou-se o perfil populacional e quais as prevalências de emergências cardiovasculares.

Análise de dados

Realizou-se análise descritiva com valores absolutos e percentuais do perfil da amostra, prevalência das emergências cardiovasculares e atuação fisioterapêutica. Todos os dados coletados foram inseridos no Excel®.

Resultados

Foram analisadas 1.256 fichas de passagem de plantão da equipe de fisioterapia no período de janeiro a agosto de 2022. Durante a análise, contabilizou-se a primeira vez que o paciente entrou no setor, resultando em 75 pacientes com perfil de doença cardiovascular. Destes, 35 eram mulheres (46,67%) e 40 eram homens (53,33%). A Tabela 1 apresenta a caracterização da amostra.

Tabela 1
Caracterização dos indivíduos atendidos em um serviço de emergência hospitalar em um hospital público do Oeste Paulista (janeiro a agosto de 2022)

Em relação às patologias encontradas (Tabela 2), insuficiência cardíaca, síndrome coronáriana aguda, infarto agudo do miocárdio, bradiarritmia e crise hiper-tensiva foram as mais comuns. A permanência destes pacientes no pronto socorro foi de 2,38 ± 3,87 dias.

Tabela 2
Patologias cardiovasculares mais prevalentes nos pacientes (n = 75)

As condutas fisioterapêuticas mais utilizadas para tratar os pacientes cardiopatas estão descritas na Tabela 3. Inicialmente, observou-se que todos os pacientes foram avaliados, mesmo quando negavam a terapia. Entre as condutas realizadas, o manejo de ventilação mecânica invasiva, manobras de reexpansão pulmonar, auxílio à intubação orotraqueal, manobras de higiene brônquica e ventilação mecânica não invasiva foram as mais realizadas (Tabela 3). O incentivo à deambulação foi uma conduta não registrada no tratamento destes pacientes.

Tabela 3
Condutas aplicadas durante a permanência do paciente cardiopata no serviço de emergência hospitalar

Entre as cinco principais patologias cardiovasculares, as condutas aplicadas envolviam auxílio à intubação orotraqueal, manejo da ventilação mecânica, oxigenio-terapia, exercícios metabólicos, entre outros, conforme Tabela 4.

Tabela 4
Condutas aplicadas versus patologias cardiológicas

Discussão

Esse estudo teve como objetivo traçar o perfil de condições cardiovasculares e da atuação fisioterapêu-tica no serviço de emergência de um importante hospital do interior de São Paulo. Foram atendidos um total de 75 indivíduos, sendo as cinco condições cardiovasculares mais prevalentes a insuficiência car-díaca, a síndrome coronariana aguda, o infarto agudo do miocárdio, a bradiarritmia e a crise hipertensiva, o que reforça a necessidade de uma atenção especial para essas condições. No que diz respeito às condutas fisioterapêuticas, as mais utilizadas de forma imediata foram o manejo à ventilação mecânica invasiva, mano-bras de reexpansão pulmonar e auxílio à intubação orotraqueal. Após estabilização, a sedestação e a cine-sioterapia com exercícios ativos livres foram as condutas mais empregadas.

O presente estudo demonstra que indivíduos do sexo masculino foram os que mais procuraram o serviço de emergência hospitalar por alterações cardíacas, o que está em concordância com estudo anterior que afirma que homens adultos apresentam maior prevalência de doenças cardiovasculares.1313. Mello AV, Nogueira LR, Sena CK, Abreu ES. Prevalência de fatores de risco cardiovascular entre homens e mulheres participantes de um evento de promoção da saúde. Ensaios Cienc. 2020;24(1):59-64. Full text link https://ensaioseciencia.pgsscogna.com.br/ensaioeciencia/article/view/7425
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A média de idade foi de 61,81 ± 19,11 anos, caracterizando o perfil idoso e em consonância com a maior prevalência de doenças cardiovasculares em indivíduos acima de 60 anos.1414. Massa KHC, Duarte YAO, Chiavegatto Filho ADP. Análise da prevalência de doenças cardiovasculares e fatores associados em idosos, 2000-2010. Cienc Saude Colet. 2019;24(1):105-14. DOI https://doi.org/10.1590/1413-81232018241.02072017
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A doença que mais ocasionou procura pelo serviço de emergência hospitalar foi a insuficiência cardíaca, representando 25% das patologias. A Sociedade Brasi-leira de Cardiologia relatou 3.085.359 hospitalizações por insuficiência cardíaca entre 2008 e 2019, um terço das hospitalizações cardiovasculares, impondo custos significativos ao sistema de saúde.11. Oliveira GMM, Brant LCC, Polanczyk CA, Malta DC, Biolo A, Nascimento BR, et al. Estatística Cardiovascular – Brasil 2021. Arq Bras Cardiol. 2022;118(1):115-373. DOI https://doi.org/10.36660/abc.20211012
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A etiologia é diversa, incluindo origens isquêmicas, hipertensivas, chagásicas, valvares, cardiomiopatias e congênitas.1515. Comitê Coordenador da Diretriz de Insuficiência Cardíaca. Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda. Arq Bras Cardiol. 2018; 111(3):436-539. DOI https://doi.org/10.5935/abc.20180190
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Verificou-se no presente estudo que o uso do cateter nasal de baixo fluxo, intubação orotraqueal, máscara não reinalante, manobra de reexpansão pulmonar, nebulização, venti-lação mecânica invasiva e ventilação mecânica não invasiva foram as condutas utilizadas.

Comumente, na admissão de pacientes com insu-ficiência cardíaca na emergência, o aumento do esforço respiratório é comum. A intervenção fisioterapêutica buscou suporte respiratório para manter a saturação SpO2 > 90% e redução do trabalho respiratório, usando cateter nasal ou ventilação mecânica não invasiva, exceto na presença de doença pulmonar obstrutiva crônica (1-2 L/min).1616. Mak S, Azevedo ER, Liu PP, Newton GE. Effect of hyperoxia on left ventricular function and filling pressures in patients with and without congestive heart failure. Chest. 2001;120(2):467-73. DOI https://doi.org/10.1378/chest.120.2.467
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17. Masip J, Gayà M, Páez J, Betbesé A, Vecilla F, Manresa R, et al. Pulse oximetry in the diagnosis of acute heart failure. Rev Esp Cardiol (Engl Ed). 2012;65(10):879-84. DOI https://doi.org/10.1016/j.recesp.2012.02.022
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-1818. Branson RD, Johannigman JA. Pre-hospital oxygen therapy. Respir Care. 2013;58(1):86-97. DOI https://doi.org/10.4187/respcare.02251
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Objetivou-se melhorar o conforto respiratório e combater a hipóxia. O suporte ventilatório invasivo também foi uma opção em casos de SpO2 inadequada ou quando era contraindicada a ventilação não invasiva.1919. França EET, Ferrari F, Fernandes P, Cavalcanti R, Duarte A, Martinez BP, et al. Fisioterapia em pacientes críticos adultos: recomendações do departamento de fisioterapia da Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Rev Bras Ter Intensiva. 2012;24(1):6-22. DOI https://doi.org/10.1590/S0103-507X2012000100003
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A síndrome coronariana aguda, incluindo o infarto agudo do miocárdio (IAM), foram a segunda e terceira causa de procura pelo serviço de emergência, respec-tivamente. A dor torácica é um sintoma frequente, cor-respondendo a 5% das admissões, e alguns pacientes recebem alta sem diagnóstico específico.2020. Barstow C, Rice M, McDivitt JD. Acute coronary syndrome: diagnostic evaluation. Am Fam Physician. 2017;95(3):170-7. Full text link https://www.aafp.org/pubs/afp/issues/2017/0201/p170.html
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,2121. Reeder G, Awtry E, Mahler SA. Initial evaluation and man-agement of suspected acute coronary syndrome (myocardial infarction, unstable angina) in the emergency department. UpToDate. 2023. 64 p. Full text link http://tinyurl.com/mryh83j8
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Pacientes com síndrome coronariana aguda apresentam diferen-ciação complexa entre angina instável e infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST, devido à isquemia miocárdica sem necrose, o que demanda manejo diferenciado devido aos prognósticos distintos.2222. Roffi M, Patrono C, Collet JP, Mueller C, Valgimigli M, Andreotti F, et al. 2015 ESC Guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation: Task Force for the Management of Acute Coronary Syndromes in Patients Presenting without Persistent ST-Segment Elevation of the European Society of Cardiology (ESC). Eur Heart J. 2016;37(3):267-315. DOI https://doi.org/10.1093/eurheartj/ehv320
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Em relação ao manejo fisioterapêutico inicial dos pacientes estudados, o foco foi no sistema respira-tório. A administração de oxigênio foi indicada apenas quando a SpO2 fosse ≤ 90%, pois o excesso pode ocasionar vasoconstrição coronariana, piorando o fluxo sanguíneo. Após pelo menos 12 horas do evento, iniciou-se o atendimento, sendo pré-requisitos a ausência de dor anginosa e complicações como insuficiência cardíaca, arritmias complexas e aneurismas ventriculares.2323. Nicolau JC, Feitosa Filho G, Petriz JL, Furtado RHM, Précoma DB, Lemke W, et al. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio em Supradesnível do Segmento ST – 2021. Arq Bras Cardiol. 2021;117(1):181-264. DOI https://doi.org/10.36660/abc.20210180
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24. Ji H, Fang L, Yuan L, Zhang Q. Effects of exercise-based cardiac rehabilitation in patients with acute coronary syndrome: A meta-analysis. Med Sci Monit. 2019;25:5015-27. DOI https://doi.org/10.12659/msm.917362
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-2525. Cahalin LP, Arena RA. Breathing exercises and inspiratory muscle training in heart failure. Heart Fail Clin. 2015;11(1):149-72. DOI https://doi.org/10.1016/j.hfc.2014.09.002
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Cinesioterapia com exercícios de baixa intensidade foram prescritos, assim como técnicas de reexpansão pulmonar. Exercícios no leito de membros superiores, inferiores e ortostatismo foram apropriados e a intensi-dade foi baseada na frequência cardíaca, com aumento de até 20 bpm. Se houvesse sinais de descompensações como queda de pressão arterial, cansaço e sudorese, a conduta seria educação em saúde com orienta-ções sobre a doença, repouso no leito, exercícios respi-ratórios e/ou ventilação não invasiva.2626. Mendez VM, Silva AKMB, Umeda IIK, Milhomem RS. Fisioterapia na reabilitação de pacientes com doença coro-nariana. In: Umeda IIK. Manual de fisioterapia na reabilitação cardiovascular. Barueri: Manole; 2014. p. 55-91.,2727. Zipes DP, Libby P, Bonow RO, Mann DL, Tomaselli GF. Braunwald´s heart disease: a textbook of cardiovascular medicine. 11th ed. Philadelphia: Elsevier; 2018. Se o indivíduo permanecesse no serviço de emergência a evolução do tratamento incluiria ortostatismo e deambulação.66. Laukkanen JA, Kujala UM. Low cardiorespiratory fitness is a risk factor for death: Exercise intervention may lower mortality? J Am Coll Cardiol. 2018;72(19):2293-6. DOI https://doi.org/10.1016/j.jacc.2018.06.081
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,2727. Zipes DP, Libby P, Bonow RO, Mann DL, Tomaselli GF. Braunwald´s heart disease: a textbook of cardiovascular medicine. 11th ed. Philadelphia: Elsevier; 2018.

As bradiarritmias foram identificadas como a quarta causa, envolvendo disritmias de frequência ou podendo ser causadas devido a bloqueio atrioventricular. Elas podem ocorrer no infarto agudo do miocárdio, durante sua fase aguda, associadas à redução do volume de ejeção e débito cardíaco, resultando em hipotensão.2828. Gadler F, Valzania C. Aetiology and epidemiology of bradyarrhythmias. In: Camm AJ et al. The ESC Textbook of Cardiovascular Medicine. 3rd ed. Oxford: Oxford University Press; 2018. p. 1929-30. Ainda que a influência do exercício na frequência car-díaca seja compreendida, faltam estudos que orientem condutas de emergência. A cinesioterapia e reexpansão pulmonar foram empregadas apenas após a conduta clínica e reversão das bradiarritmias.2929. Irwin S, Tecklin JS. Fisioterapia cardiopulmonar. 3rd ed. Barueri: Manole; 2003.,3030. Feitosa-Filho GS, Peixoto JM, Pinheiro JES, Afiune Neto A, Albuquerque ALT, Cattani AC, et al. Atualização das Diretrizes em Cardiogeriatria da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol. 2019;112(5):649-705. DOI https://dx.doi.org/10.5935/abc.20190086
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Faltam mais evi-dências sobre o manejo fisioterapêutico dessa condição.

A crise hipertensiva é uma condição comum carac-terizada por alterações agudas da pressão arterial, representando no presente estudo cerca de 0,45 a 0,59% dos atendimentos no serviço de emergência hospitalar, geralmente respondendo bem ao tratamento medica-mentoso efetivo.3131. Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL, Rodrigues CIS, Brandão AA, Neves MFT, et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hiper-tensão Arterial. Arq Bras Cardiol. 2016;107(3 Supl.3):1-83. DOI https://doi.org/10.5935/abc.20160151
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,3232. Pierin AMG, Flórido CF, Santos J. Hypertensive crisis: clinical characteristics of patients with hypertensive urgency, emergency and pseudocrisis at a public emergency department. Einstein (Sao Paulo). 2019;17(4):eAO4685. DOI https://doi.org/10.31744/einstein_journal/2019ao4685
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A intubação orotraqueal e ventilação mecânica invasiva foram as condutadas adotadas. O estudo de Mitsungnern et al.3333. Mitsungnern T, Srimookda N, Imoun S, Wansupong S, Kotruchin P. The effect of pursed-lip breathing combined with number counting on blood pressure and heart rate in hypertensive urgency patients: A randomized controlled trial. J Clin Hypertens (Greenwich). 2021;23(3):672-9. DOI https://doi.org/10.1111/jch.14168
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revelou que a técnica de respiração freno-labial, combinada com medicação anti-hipertensiva, reduziu a pressão arterial e a frequência cardíaca em pacientes com urgência hipertensiva. Esta técnica promove a sensibilidade barorreflexa, melho-rando a variabilidade da frequência cardíaca e o fluxo sanguíneo em pequenos vasos, resultando em menor resistência vascular periférica, e pode ser utilizada con-juntamente à reexpansão pulmonar,3333. Mitsungnern T, Srimookda N, Imoun S, Wansupong S, Kotruchin P. The effect of pursed-lip breathing combined with number counting on blood pressure and heart rate in hypertensive urgency patients: A randomized controlled trial. J Clin Hypertens (Greenwich). 2021;23(3):672-9. DOI https://doi.org/10.1111/jch.14168
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o que pode sugerir um tipo de conduta efetiva, apesar de as intervenções respiratórias no contexto de emergência ainda carecerem de mais estudos.

O presente estudo apresenta pontos fortes significativos ao elucidar o perfil de emergências cardio-vasculares e as condutas fisioterapêuticas associadas, proporcionando um direcionamento mais eficaz aos profissionais de fisioterapia em situações emergenciais. Essa pesquisa também abre perspectivas promissoras para avaliar a eficácia de diferentes técnicas e otimizar as estratégias empregadas, oferecendo insights para aprimorar o atendimento e abordar de maneira mais eficiente as complexas condições clínicas relacionadas às emergências cardiovasculares.

Em relação às limitações, o período de coleta se deu durante a pandemia de COVID-19, o que pode ter gerado interferências, uma vez que as doenças cardio-vasculares podiam ser consideradas uma patologia concomitante ao vírus respiratório. São escassos, também, estudos sobre o manejo das emergências cardiovasculares pela fisioterapia, tornando-se essencial apro-fundar estudos clínicos que investiguem a efetividade das condutas fisioterapêuticas no prognóstico e na qualidade de vida destes pacientes.

Esse fato denota a importância de novas estratégias educacionais que visem a formação e atuação desse profissional no departamento de emergência hospitalar. Por ser uma área emergente, a compreensão de sua atuação no que remete às doenças cardiovasculares é necessária.

Conclusão

O perfil de emergências cardiovasculares envolve, predominantemente, insuficiência cardíaca, síndrome coronária aguda, infarto agudo do miocárdio, bradiar-ritmia e crise hipertensiva. No contexto dessas patolo-gias, condutas respiratórias como manejo de ventilação mecânica invasiva, reexpansão pulmonar e motoras, como sedestação e cinesioterapia, foram as condutas mais utilizadas pelos fisioterapeutas.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    12 Fev 2024
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    18 Jan 2023
  • Revisado
    31 Out 2023
  • Aceito
    14 Dez 2023
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