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Da genialidade criativa ao espírito empresarial: As mediações arquitetônicas na formação do Estado brasileiro

Resumo

O campo arquitetônico desempenha funções mediadoras centrais no processo de formação do Estado brasileiro, por meio da formulação de mecanismos de controle, ordenamento e gestão dos territórios e populações. Neste artigo, abordamos três distintos cenários em que suas redes profissionais tiveram atuação significativa: nos projetos nacional-desenvolvimentistas implementados a partir dos anos 1930; nas políticas habitacionais elaboradas durante a ditadura militar (1964 a 1985); e nos planos estratégicos para a produção de “cidades globais” que se difundiram após o processo de redemocratização. No caleidoscópio de práticas e sentidos profissionais mobilizados nesses períodos, destacamos em especial as situações e eventos que acionaram os tipos ideais do “gênio criativo”, do “anti-projetista engajado” e do “gestor empresarial”. Ao analisarmos as interações entre arquitetos e administração pública, esperamos contribuir na compreensão das tecnologias de gestão populacional e dos mecanismos empresariais que sustentaram a guinada neoliberal das formas de governo das cidades brasileiras.

Palavras-chave:
Estado; Projetos arquitetônicos; Ordenamento territorial; Gestão populacional; Brasil

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